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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

METÁFORAS




E corre atrás das borboletas.
Capturem-nas!
O sol da manhã
Permite o que o do meio dia castiga.
Instiga os desejos,
As vontades e o despertar.
O da tarde (intenso)
Maltrata.
Corre atrás das borboletas.
Enquanto é cedo, ainda dá.
O sol da tarde é sem brechas.
Procure as sombras
Mas ele o encontrará.
Atrás das borboletas.
O sol da manhã e da tarde,
Ambos no dia,
O alvorecer se recria
Onde o entardecer se copia.
Das borboletas...
Usufrua.
O sol que brilha nas noites
Não aquece nos dias.
Vigia, copia, recria...
Borboletas não podem ser capturadas.
O sol da noite protege-as,
O da tarde instiga-nas
E o da noite revela a beleza que se oculta entre as cores.




SIMONE ROCHA

“MIM”




Ando assim
Cansada de “mim”,
Do mundo também
E nem sei mais de quem.
Pra frente tem gente
E atrás muito mais
Tem gente demais
Olhando pra “mim”,
Passando por “mim”,
Sorrindo pra “mim”,
Rindo de “mim”
E todas sem “mim”.
Não sei ser assim
Não sei ser de alguém,
Pertenço ao mundo
(Não ao perdido)
E não sou de ninguém.



        SIMONE ROCHA



terça-feira, 15 de outubro de 2013

NAS ASAS DO TEMPO





Estava voando
Flutuando em meio às nuvens
Quando notei que estava nas alturas.
O pânico quase me dominou
Mas antes disso           
Acalmei-me.
Resolvi que iria usufruir
Que iria aproveitar essa oportunidade.
Abri os braços
E deixei-me levar pelos ventos.
Lá de cima
Eu me vi sentada,
Me vi chorando,
Me vi  perdida.
Uma imagem triste.
Comecei a cair desenfreadamente.
Achei que chegaria ao chão
E que ficaria informe,
Mas não.
Cai direto dentro de mim,
E doeu.
Descobri que meu peito estava arrebentado
Que um vazio apoderava-se do meu ser.
Eu resolvi acabar com tudo.
Se eu consegui com que minha alma voasse
Então poderia restaurar meu coração.
Foi o que fiz.
Resolvi me alegrar.
Deixei a luz entrar
E a felicidade se espalhar.
A vida então mudou.
Abri novamente os braços
Senti-me livre.
Liberta, simplesmente
Sorri.





SIMONE ROCHA