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domingo, 18 de agosto de 2013

O NÃO DE MIM





Verdades que me calam
Poesias que eu grito
Lágrimas que sufoco
Sorrisos que repito.

Pensamentos que liberto
Loucuras que suprimo
Detalhes que ensaio
Danças que reprimo.

Viagens que não faço
Mentiras que não minto
Amores que não amo
Sentimentos que não sinto.

Passagens que não sigo
Belezas que não vejo
Olhares que não encontro
Bocas que não beijo.

Caminhos que não chegam
Paradas que prosseguem
Destinos que não mudam
A vida que não vivo e segue.



SIMONE ROCHA

AO FIM CLAMO




Gostaria que novas perspectivas surgissem
Que novas idéias brotassem
E que uma nova era se formasse.
Gostaria que o tempo não fosse um limite
Mas um aliado ao qual recorrer.
E se a noite fosse perpetuada
No santuário de nossas almas?
E se o dia se multiplicasse
Tornando-se milhares de estrelas cadentes?
Faríamos pedidos?
Pediríamos que ressurgisse o sol?
Gostaria que as impossibilidades se fundissem
Trazendo a tona a fórmula das realizações.
Gostaria que a água acabasse,
Que os pássaros se calassem,
Que tivesse um final todos os gemidos.
Ao fim clamo,
Para que as correntes sejam quebradas.
Ao fim clamo,
Para que um recomeço se materialize.
Ao fim clamo,
Para ser ouvida, para sentir o óbito, para seguir a morte,
Para obter a vida.
Ao fim clamo,
Eterna evolução.
Ao fim clamo,
Que comece a revolução.



SIMONE ROCHA