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domingo, 4 de setembro de 2016

MULTIDÃO DE VULTOS






Como permanecer estático
Quando as muitas águas já lhe mostraram
Que a persistência, se não desvenda, cria caminhos?
Os olhos vendados elucidam o que está sob nossas premissas anuviadas.
A infinita vontade de preservar o comodismo
Mata a ferocidade de viver, destrói as pontes feitas de sonhos,
Emudece a voz que tenta dissuadir nossos passos do precipício iminente.
Eu grito e ordeno que se calem.
O espanto nos olhos de quem vivenciou minha histeria
É o julgamento que dispensei aos que estavam ao meu redor por tempo demais.
Sou capaz de inovar meus degraus,
Incapaz de ferir meu orgulho.
Que desprezo pela vida!
A insatisfação, descontentamento, inquietação...
Existência sem motivação.
Vida sem propósito.
Os dias seguem, os anos passam,
A vida é morta pela infelicidade que permitimos nos afetar.
O que temos é uma escolha,
A desgraça não passa de uma opção para o pessimismo.
O desprazer é uma desculpa de pessoas que não querem viver
E culpam tudo pelo destempero de sua subsistência.
E as ruas estão repletas dessa gente vazia.



SIMONE ROCHA - 04-09-16

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