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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

PASSADO




Pensei, pensei, pensei...
O que adiantou viver o que vivi?
Acabou, findou.
Agora restam-me as lembranças.
Será que valeu a pena?
Os momentos não voltam,
Não se repetem.
O que passou, passou.
Com a xícara de chá nas mãos
Abro o livro e revivo a história,
Mesmo que por um segundo
Tudo parece ser eterno.
Os toques, os gestos, os beijos...
Eternizam-se nas memórias vividas.



                                      SIMONE ROCHA





domingo, 30 de dezembro de 2012

PARECIA REAL





Eu deveria me importar?
Os sorrisos eram falsos,
As palavras, mentiras sem estirpe.
Nem mesmo as lágrimas foram verdadeiras.
Os sentimentos,
Findaram antes mesmo de surgirem.
Aquele abraço apertado,
Os beijos trocados no escuro,
As risadas compartilhadas com vigor,
Tudo ilusão.
O que esperar do que está por vir?
Nem o presente é certo, quem dirá o futuro.
                


                                                       SIMONE ROCHA
                                              
                       

domingo, 16 de dezembro de 2012

QUANTAS VEZES DEUS VAI FAZER SEU POVO SOFRER?






“Deus nos abandona nas horas mais difíceis! Deus não existe! Onde está esse Deus que tantos falam?” Essas são expressões usadas, principalmente, em momentos complexos, questionando, criticando e às vezes, apontando um culpado para certos acontecimentos desastrosos.
O fato de ser evangélica, não interfere em certas opiniões que tenho a respeito de assuntos polêmicos, como a tsunami do Japão. Pelo contrário, por ser uma seguidora dos princípios cristãos, é que acredito que Deus sabe o que faz. Mas não no sentido literal, pois assim com o não foi Deus quem construiu usinas nucleares, Ele permitiu que homens a fizessem, e muitos agradeceram por essa conquista, também não foi Ele quem “fez” a tsunami que abalou o mundo.
Muitos podem dizer que meus princípios são paradoxais, mas não são, pois quando menciono o fato de que Deus não fez a tsunami, quis dizer que Ele não escolheu a dedo onde o fenômeno ocorreria, e ainda menos a forma que afetaria o mesmo. Para mim, foi a própria humanidade que traçou seu caminho, e com o direito do livre arbítrio, hoje são os mesmos que sofrem com as consequências de suas escolhas.
Não sou indiferente às tragédias que se passam. Que destroem casas e devastam vidas. Sinto uma grande tristeza ao ver que o mundo por ele mesmo, “tornará ao pó”, pois a partir do momento que as pessoas resolvem fazer algo que desafia suas próprias barreiras, essas, estão também desafiando uma força maior, a natureza, que sente e reage transmitindo as “dores” que a afetam de forma direta e clara.
Tento entender os motivos que levam as pessoas a questionarem a existência de Deus, e seu amor pela humanidade. O chanceler do Mackenzie citou a própria bíblia para comprovar que Deus está no controle do mundo, e que tudo o que acontece é por amor a nós: “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8:28)”. Isso só é possível se Deus nos amar e controlar as circunstâncias. E para complementar o pastor Ricardo Gondim diz: “O Deus que administra os eventos, tem propósitos insondáveis e que, para cumpri-los, deixa tragédias acontecerem”.
Sei que não posso mudar o que o “mundo” pensa a respeito do “ser supremo”, mas ao menos, peço para que não se rebelem no momento de ira, para que depois não haja arrependimento. Se não pode compreender, aceite, espere. Mas se já é provido de fé e entendimento, ore, permaneça confiante, pois na bíblia mesmo diz que “Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu” (Ec 3:1).

                                               SIMONE ROCHA

sábado, 15 de dezembro de 2012

INSATISFAÇÃO






Não sabemos onde nossos passos darão.
Não baseamos nossas decisões nas certezas.
Não entendemos os sentimentos,
E não compreendemos as reações que os mesmos provocam.
Não caminhamos sobre as águas,
Não sorrimos com a alma,
Não delimos a ignorância.
Não vivemos o amor,
Não buscamos o perdão,
Não estamos, nunca, errados.
Não aceitamos correções,
Não lidamos com as frustrações,
Não sonhamos com a paz.
Não falamos de Deus,
Não agradecemos pela vida,
Não reconhecemos nossas falhas.
Não nos contentamos com o pouco
E nem com o muito.
Mas a cada dia reclamamos insatisfeitos,
Mais e mais.

 

SIMONE ROCHA

É O FIM DO MUNDO




                      
        Sabe no que andei pensando?... Em nada.
        É sério, cansei de pensar. Estava me torturando demais com as incertezas futuras, e decidi viver o agora.
        O “agora” não me tranquiliza muito mais que o “depois”, porém, hoje eu posso fazer algo imediato, amanhã já não sei se terei oportunidade.
        Estão dizendo que o fim do mundo se aproxima, e sabe o que eu acho? Eu acho é pouco.
        O que fizemos para merecer a dádiva da vida, os sorrisos que estampam em nossos rostos, as honras que recebemos?
        Portanto, o fim do mundo é acreditar que somos dignos de receber alguma coisa, de sermos reconhecidos.
O fim do mundo é ver pessoas se destruindo nas drogas, negando ajuda ao próximo, julgando a humanidade como se fosse um ser superior. É um governo sem caráter, mães que jogam os filhos no lixo, homens estuprando crianças inocentes.
        O fim do mundo que tanto estão falando não deveria ser temido. Essa hipocrisia de achar que o fim dos tempos é a destruição através de uma inundação ou de explosões, ou de bolas de fogo vindas do céu é cômica. Tenho vontade de rir dessas teorias incabíveis. 
        Temem perder a vida, mas continuam criando as armas que contribuem para a morte. Não acreditam em Deus, mas pedem Seu socorro quando estão em apuros. Não apoiam o preconceito, mas julgam as pessoas pela marca das roupas que usam.
        É essa a humanidade!
        Mas sabe o que está extinto? O caráter. O amor para com o próximo. A mão estendida para quem precisa. Palavras que ajudem a levantar, e não que destruam.
        Aproveitar os dias, admirar as estrelas, contemplar a lua, correr descalço nas ruas. Deixar a chuva escorrer sobre o corpo e lavar a alma. Abrir os braços, sentir o vento de encontro ao rosto, sorrir para as flores, abraçar as árvores.
        Eu sei, a sociedade está presa aos costumes impostos. Não sabe ser livre. Não sabe viver. Sabe, porém, reclamar do calor, que a chuva estragou os planos, que as árvores caíram e destruíram casas, que o vento está forte demais, e blablablá.
        Superficialidade social. A humanidade veste-se com ela. Cria argumentos para justificar os atos, as falhas, as imperfeições. Esquece que a imperfeição é a essência do mundo. Torne o mundo perfeito e acabe com a essência do mesmo.


                                                               
                                                             SIMONE ROCHA