Em um período anacrônico
Em meio as lógicas fideístas
Surge uma explosão efêmera.
Ninguém soube explicar
A bola de fogo vinda dos céus.
Havia asas,
Ou será uma alucinação?
Pousava no mundo
Com esplendor de uma ave,
Bondade de um cordeiro,
E vivacidade de um leão.
Subvertia durante a queda,
Mas poucos notavam.
Foi passageiro.
No mesmo instante
Uma nova luz brilhou,
E um som suave surgiu.
O pequenino chorava
Tomando os primeiros
Fôlegos de vida.
Os que os cercavam sorriam,
Familiares se emocionavam.
Dentre todos,
Ela o tomou nos braços,
Acariciou seu rosto,
Beijou-lhe a testa.
Segurou junto ao peito
Sentindo as batidas de seu coração.
A luz que o menino emanava
Parecia de uma estrela tímida.
Será possível?
E então a resposta sem palavras.
Aquela que concedera a vida,
Olhou-o nos olhos
E fez-lhe anjo.
Chamou-lhe:
_Gabriel!
A bela criança gritou em consonância.
Ergueu os bracinhos,
E sorriu para a vida.
SIMONE
ROCHA
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