O comodismo que aprisiona
As escolhas na mesma esfera.
A preguiça pode ser um pecado
Que impede o dom da vida
E o comodismo é nosso consentimento
Para que a vida seja interrompida.
Acreditamos que permanecer estáticos
Perpetuará o tempo.
Ledo engano de quem não se move
Pois o tempo voa e as rugas se descobrem.
Paramos no tempo mas não paramos o tempo.
Quando sento-me no mesmo café
Faço o mesmo pedido
E permito que previsibilidade da minha vida
Responda quem sou eu,
Deixo de me conhecer.
Perco meu senso crítico pois não experimento nada novo
E as coisas velhas estão intrínsecas a mim
E elas, não tenho mais o que criticar.
Ao parar no tempo e não o tempo
Perdemos a essência,
O perfume cheira, agora, a mofo
A mente que deveria germinar as novas sementes
Observam as folhas mortas
Como quem senta num túmulo e contempla a morte.
Não devemos criar raízes
Mas produzir mudas que estenderão nossas existências.
SIMONE ROCHA (14-01-16)
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